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15.1.13

O Candomblé Mais Conceituado da Bahia.
 Babalorixá Pai Bill de Ogum 
                           
           
Pai Bill de Ogum Nascido e criado em Ponta de Areia na ilha de Itaparica Bahia. Filho e neto de sacerdotes da seita de LESE EGUM tendo como seu mestre na seita de EGUM, Domingos dos Santos e Laelso Vitoriano dos Santos. Pai Bill Olowo Lesse orixá Babalawo passou por vários problemas de saúde e espirituais, teve que ser iniciado na seita LESEM ORIXÁ KETU no terreiro ILÊ AXE OPÔ AGANJU, tendo como sua IALORIXÁ Rosalina Daniel de Paula, e seu avô o BABALORIXÁ Balbino Daniel de Paula. Ao longo desses anos Pai Bill o grande feiticeiro que faz e desfaz qualquer tipo de bruxaria, na área amorosa faz sacudimentos, limpeza de corpo, ebós para EXU e ORIXÁS trabalhos garantido, sigilo. Vem fazendo uma trajetória com responsabilidade, amor e carinho com os seus orixás, ajudando seus filhos de santos e clientes. Com 45 anos de grande experiência e respeito, garante a resolução dos seus problemas, sejam eles quais forem. Conhecido em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e outros estados.
Contatos:
Atendemos na Rua dois de Julho,1750 no Bairro de Areia Branca, Município de Lauro de Freitas, Bahia. Brasil Nos telefones: 55 + (71 ) 8627-6949 3291-8609 e-mail agnaldod@ymail.com e-mail agnaldodossantos57424@ig.com.br

Exu (irmão de Ogum e Oxossi) foi o primeiro filho de Iemanjá e Oxalá. Ele era muito levado e gostava de fazer brincadeiras com todo mundo. Tantas fez que foi expulso de casa. Saiu vagando pelo mundo, e então o país ficou na miséria, assolado por secas e epidemias. O povo consultou Ifá, que respondeu que Exu estava zangado porque ninguém se lembrava dele nas festas; e ensinou que, para qualquer ritual dar certo, seria preciso oferecer primeiro um agrado a Exu. Desde então, Exu recebe oferendas antes de todos os Orixás, mas tem que obedecer aos outros Orixás. Exu está em todos os locais; é o próprio movimento. É o senhor dos caminhos, da virilidade, do sexo, dos sentidos, da força de viver Na Umbanda, os falangeiros (Guias representantes) de Exu trazem na frente de seus nomes o próprio nome do Orixá: Exu ou Pomba-gira (que é uma corruptela da palavra congolesa bombojira, que é a representação de Exu em forma feminina). São exemplos de alguns falangeiros (Guias representantes) de Exu na Umbanda: Exu das Sete Encruzilhadas, Exu Pé de Ferro, Exu Veludo, Exu Marabô, ... (Exus Masculinos); Pomba-gira Maria Pandilha, Maria Molambo, Maria Quitéria, ... (Exus Femininos). As vezes, pelos fato dos falangeiros (Guias representantes) de Exu utilizarem o seu nome do Orixá, Exu, na frente de seus nomes, pode causar alguma confusão entre os praticantes da Umbanda, pois confundem o guia com o Orixá. Isso já não acontece no Candomblé, pois não existe o trabalho de Guias representantes, só do Orixá e suas qualidades (dijinas). Exu é o Orixá de ligação entre os homens e os outros Orixás. Fato este que o coloca muito próximo dos homens, quase como numa cumplicidade ou proteção. É como se ele estivesse sempre em contato constante com os homens, fazendo parte de suas vidas, desejos, ambições, sonhos, alegrias, tristezas, ... Por essa intimidade com os homens ele é chamado carinhosamente de Cumpadre. No sincretismo Judaico-Cristão Exu foi associado a imagem de Santo Antônio, mas pejorativamente, por suas características e cores, foi associado também ao Diabo, a Satanás. Essa é uma associação que é, além de injusta, é ignorante, pois Exu é o próprio sentido da vida, da criação, do amor, do bem viver. Características do Orixá Exu: DIA DA SEMANA Segunda-feira. CORES Preto e vermelho. SÍMBOLOS Tridente e/ou bastão (opa ogó). ELEMENTO Fogo. PLANTAS Pimenta, capim tiririca, urtiga. Arruda, salsa, hortelã. ANIMAIS Bode. METAL Bronze, ferro (minério bruto).
COMIDAS Farofa de dendê, bife acebolado, picadinho de miúdos. BEBIDAS Cachaça. SINCRETISMO Santo Antônio (13/06) . FUMO Charutos. DOMÍNIOS (variados) Passagens, encruzilhadas, caminhos, portas, entrada das casas. 
O QUE FAZ Vigia as passagens, abre e fecha os caminhos. Por isso ajuda a resolver problemas da vida fora de casa e a encontrar caminhos para progredir. Além disso, protege contra perigos e inimigos. QUEM É Elo de ligação entre os homens e os Orixás; senhor da vitalidade; do sexo; da alegria, da vida, das sensações. 
CARACTERÍSTICAS Apaixonado, esperto, criativo, persistente,
impulsivo, brincalhão, amigo. A saudação a Exu é: Laroiê, Exu! ( “Salve, Exu! “)


O Arquétipo dos seus filhos
Embora muitas pessoas tragam em seus oris a energia do Orixá Exú, dificilmente é sabido do médium que ele é filho do Grande Senhor das Encruzilhadas. Na grande maioria das vezes os (as) Zeladores (as), não dão como Orixá de cabeça o Senhor Exú, geralmente é dada na cabeça dos filhos deste Orixá o Eledá (primeiro santo) de Ogum. Troca quase sempre aceita, já que Exú e Ogum são irmãos. São pessoas intempestivas, de certa forma nervosas, gostam de festas e brincadeiras. Assim como seu Orixá, não aceitam certos desrespeitos e quando enfurecidos, partem para uma vingança sem piedade. São amantes fulgorosos, e carregam em si a responsabilidade de servir as pessoas, nunca se importando em serem pagos por isso.

O Mensageiro dos Orixás
Exú é sem dúvidas a figura mais controvertida dos cultos afro-brasileiros e também a mais conhecida e comentada. Há antes de mais nada, a discussão de que Exú seria um Orixá ou apenas uma entidade diferente, que ficaria entre a classificação de orixá e ser humano.
Sem dúvidas ele trafega tanto pelo mundo material (ayé) onde habitam os seres humanos e todas as figuras vivas que conhecemos, como pela região do sobrenatural (orum), onde trafegam os orixás, entidades afins e almas dos mortos. 
Não existe culto (seja na Umbanda ou nas nações do Candomblé) onde não se faça necessária a presença do Orixá Exú. É ele que inicia todo processo espiritual de contato com os Deuses do Panteão Africano. 
É o primeiro orixá a ser louvado em qualquer culto afro-brasileiro, pois depende dele a permissão para que se possa fazer o contato necessário com o mundo espiritual.
Exú é o telefone que liga os planos material (ayé) ao plano espiritual (orum), e da mesma forma que faz essa comunicação, Exú também tem o poder de interromper a mesma, causando várias vezes dificuldades de incorporação e problemas de ordem espiritual. 
Por isso, a grande maioria dos Zeladores do Santo prega a seriedade e a ordem no início dos cultos quando se louva a Exú. 
Embora culturalmente seja muito falado e confundido por vezes com forças malignas ou negras, Exú é alta patente dentro do mundo dos Orixás, recebendo "status" de alta autoridade.
Orixá quase sempre sem noção do poder que possui, Exú é freqüentemente lembrado em lendas onde desafia orixás e algumas vezes torna-se vencedor. 
Esse poder foi traduzido mitologicamente no fato de Exú habitar as encruzilhadas, passagens, os diferentes e vários cruzamentos entre caminhos e rotas, e ser o senhor das porteiras, portas, entradas e saídas. 
Isso não entra em contradição com o fato de Ogum, o orixá da guerra, ser considerado o senhor dos caminhos. Além da grande afinidade entre as duas figuras míticas (que são irmãos de acordo com as lendas), Ogum é o responsável pelo desbravamento, pelo desmatar e o criar de novos caminhos, pela expansão imperialista do reino, enquanto Exú é o senhor da força (axé) que percorre os caminhos.
Da onde vem a ligação de Exú a um suposto "Diabo" ? Como os africanos não podiam cultuar seus deuses em liberdade, mascaravam a prática em cultos católicos, como se tivessem se convertido a religião dominante, para escapar dos castigos. 
Aproveitando que alguns jesuítas tentaram usar o conjunto de mitos africanos moldando-o na medida do possível às configurações católicas para apressar o aculturamento, os negros faziam completos cultos de candomblé, mas colocavam figuras de santos católicos nos altares, sob os quais ficavam os assentamentos verdadeiros dos orixás que tinham trazido da África ( onde surgiram os sincretismos com os Santos da Igreja Católica – para os Africanos Ogum era o Deus da guerra e viram em São Jorge a figura de um guerreiro que se encaixava no perfil da divindade africana). 
Como precisavam de um Diabo, os jesuítas encontraram na figura de Exú o orixá que poderia, meio forçadamente, vestir a roupa, provavelmente porque, sendo o mais humano dos orixás, a ele se pedia interferência nas questões mais mundanas e práticas, o que resulta que a maior parte das oferendas do culto vá para ele. 
Exatamente por isso, Exú era a divindade que protegia, na medida do possível os negros dos repressivos senhores. Os pratos de comida oferecidos ritualisticamente (ebós) para Exú eram deixados nas encruzilhadas próxima a casa grande e constituíam a parte visível do ressentimento dos negros. 
Era para Exú que pediam desgraças para seus senhores. 
Numa circunstância de luta, aquele que pratica o bem para um (atacando o outro) também pode ser visto, pela ótica do antagonista, como o que faz o mal. Assim , os senhores de engenho viram em Exú o Demônio que os negros lançavam contra eles.
Dois outros fatores associam Exú ao Demônio: o fogo, elemento do Diabo e também freqüente nos cultos e oferendas para o mensageiro dos orixás africanos; e o sexo, território considerado tabu pelos católicos, e o prazer – em geral, as atividades preferidas de Exú. É Exú quem está presente no ato da fecundação, no exato momento da criação do ser humano
( Exú tem as égides no ato da fecundação, passa para Oxum que conduz toda a gestação, esta por sua vez passa para Nanã no ato do nascimento para que esta peça a Oxalá a autorização para a nova vida, após o nascimento a responsabilidade é do Orixá que tomará conta daquela ori (cabeça) pelo resto da sua existência juntamente com Yemanjá, por ser esta a responsável pelo constante aprimoramento do ser humano.
O Arquétipo dos seus filhos
Embora muitas pessoas tragam em seus oris a energia do Orixá Exú, dificilmente é sabido do médium que ele é filho do Grande Senhor das Encruzilhadas. Na grande maioria das vezes os (as) Zeladores (as), não dão como Orixá de cabeça o Senhor Exú, geralmente é dada na cabeça dos filhos deste Orixá o Eledá (primeiro santo) de Ogum. Troca quase sempre aceita, já que Exú e Ogum são irmãos. São pessoas intempestivas, de certa forma nervosas, gostam de festas e brincadeiras. Assim como seu Orixá, não aceitam certos desrespeitos e quando enfurecidos, partem para uma vingança sem piedade. São amantes fulgorosos, e carregam em si a responsabilidade de servir as pessoas, nunca se importando em serem pagos por isso.





                                   A Força das pomba-girasExú fez uma casa com 7 portas , 7 janelas, exú num precisa de casa é a pomba-gira quem vai morar nela.. 
Imagine o sol sem a lua, o sal sem açúcar, o inverno sem o verão,o homem sem a mulher, o positivo sem o negativo, o bem sem o mal, para existir um equilibrio no universo é indispensável a existência dos opostos.

                             
                                              
a pomba-gira é o similar de exu feminino de exu, sendo portanto, exu mulher , a força oposta deleoposta não significa maléfica ou que entre em conflitoquer dizer apenas que o que exu não podefazer , a pomba-gira faz.A força vibratória da pomba-gira destina-se a realizar diversos trabalhos relacionados com o amor, o sexo e todas as ligações com o sexo oposto.eis aqui alguns trabalhos que podem ser executados com o auxilio de pomba-giras.
                         
        


             Os diversos tipos de Trabalhos:


* trabalhos para mulher atrair marido. ( namorado etc..)

* trabalho para a mulher fazer o marido ser fiel.Trabalho para a mulher separar ao marido da      amante.

* Trabalho para o homem perder a potencia temporariamente.
* trabalho para a mulher separar um homem da esposa.
*trabalhos pra unir duas pessoas de sexo oposto.
* trabalho pra quebrar feitiço feito contra um casal.
* trabalho para o marido voltar pra esposa.
*trabalho pra afastar o marido.
*Trabalho pra castigar uma mulher que queira tomar o marido da outra.
* Trabalho para homem conseguir ereção com uma unica mulher.
* trabalho para homem gostar de ficar em casa.
* trabalhos de Amarração, aproximação e união.


                Inúmeros outros podem ser feitos com a oferta de presentes a pomba-gira.
                             
 

Alerta:
cuidado com o que se pede ou se faz a pomba-giras, pois se pedires mau a alguém cedo ou tarde  Você terá a lei do retorno:
" A onde o que se planta , se colhe"


Material a ser usado nos trabalhos de pombas -giras..
Em todas as oferendas e trabalhos de pomba-gira deve ser utilizado material da melhor qualidade.nunca material usado em outra ocasião.ninguém deve ficar sabendo a não ser que forem ajudarfazer (o trabalho) os despachos e oferendas.mesmo assim essas pessoas não devem ficar sabendo dotipo do trabalho a ser feito.O segredo é fundamental para o sucesso dos trabalhos.
                          eis uma listra Básica de apetrechos necessários:
Lembrando que antes de adquiri-los vocês devem verificar o tipo de trabalho a ser realizado.
cada pomba-gira tem suas 
caracteristicas próprias, materiais e locais para despacha-los.

 Na dúvida do que fazer procure um terreiro de suaconfiança, faça uma consulta com os dirigentes e              com as entidades,  recomendamos nunca ir fazer um despacho sozinho.
                                   
                  Vamos a Lista de materiais:
* toalha preta ( Amorim ou cetim) 70x70.
* Toalha vermelha ( amorim ou cetim) 70x70.
* fitas vermelhas.
* contas de porcelas ou cristal.
* cachaças ( garrafas).
* champanhe.
*Cigarros, Cigarinhas, charutos.
* Rosas vermelhas abertas ( nunca em botão).
* alguidar de barro.

* Velas: Branca, Preta, vermelhas, velas cruzadas vermelho e preto.
                               * fósforo ( num use esqueiro)
    * abridor de garrafa.

  * galinha preta.
* farinha de milho.

azeite de dendê.
  *milho de pipoca.
* ovos.
* Brincos e argolas.
* Pulsiras de mulher.
*  batons , pentes e perfumes.
 * tamancos de madeira.
* taças ou copos incolor.                                                   * Alguidar Virgem.
*agulhas virgens

                         * linhas nas cores vermelhas, preta e branca.
                                * farofas de pinga, dende, mel e aguá.
                                * Insensos

                                  * defumadores.

   * Pratos de barro.    
* azeite doces.
    * pós.    

* azeite de oliva.
Observações importantes, conforme dito anteriormentenunca faça uma oferenda sem prévia consulta para nãoatrair ao invés da força da pomba-gira  um quimbá atrazado.por essa razão recomendamos além da consulta o acompanhamento de um méduim, de preferência encomende seus trabalhos.sempre que você for iniciar um despacho, oferenda ou trabalho, nunca esqueça de pedir licença ao dono do lugar. 
antes de fazer uma oferenda procure saber quem é a pomba-gira, o ponto de força dela cantado e riscado.depois de "arriado uma oferenda" certifique-se de não passar nesse local por 7 dias.


ORAÇÃO A TODAS AS POMBAS GIRAS
Amado Criador, Pai Olorum (Deus), peço Vossa permissão para ofertar minha fé a um de Vossos mistérios divinos, que é a Senhora Pombagira.
Salve todas as Pombagiras! Saravá (salve) Senhoras Pombagiras!
Boa e gloriosa amiga Pombagira, senhora do mistério do estímulo, do desejo, da vontade e das emoções, defensora e protetora das mulheres, rogo e suplico, neste momento de devoção, para que atenda aos meus pedidos.
Rainha Pombagira!
Pelos sete nós de sua saia, pelos senhores Exus, chefes de legião e executores da Lei Divina que acompanham seus passos, pelos sete guizos de sua roupa, peço que sua proteção e amparo estejam sempre presentes em meus caminhos e nos caminhos de minha família, (nomear os membros). Rogo que esses caminhos sejam abertos e sua energia nos estimule em todos os sentidos, principalmente no setor sentimental, impedindo-nos de cair em tentações de luxúria e na fraqueza das paixões desenfreadas. Equilibre nossas emoções e nossas atitudes, para que não tenhamos excessos de vaidade, egoísmo, orgulho e desejos sobre o que é do próximo.
Defenda-nos e livre-nos de todas as más influências de encarnados e desencarnados, que queiram nos envolver em emoções, pensamentos e atos de baixas vibrações. Defenda-nos, ainda, para que não nos tornemos prisioneiros de desejos e sensações primitivos e obscuros, que alimentem seres trevosos em seus instintos torpes e negativados.
Ampare-nos para que jamais esqueçamos a exata função dosexo em nossas vidas: gerar vidas, proporcionar prazer e manter nosso equilíbrio emocional, para que os demais desejos fluam naturalmente e não como vícios.
Dê-nos a devida proteção, para que nunca cometamos erros, falhas e pecados em nome de Pombagiras, Exus, Exus Mirins e dos Orixás, Divindades de Olorum.
Propicie-nos vontade inquebrantável, para que jamais abdiquemos da Fé e crença nos poderes dos Divinos Orixás.
Estimule-nos e motive-nos, para buscarmos as qualidades que possam nos tornar fortes, capazes e certos da vitória, trilhando o caminho correto para que só recebamos graças e graças suas, dos Orixás e do Grande Pai Olorum. Amém!
Salve a Senhora Pombagira!Laroié Éxu.Éxu é Mojubá é!(eu me curvo à sua força)! Pombagira Saravá! (3 vezes)




 QUEM É OGUM XOROQUÊ


Segundo a tradição afro-brasileira, Ogum foi o segundo filho de Yemanjá e Oxalá, devido  a isso, ligou-se por uma grande amizade ao irmão mais velho , Exú, que lhe era mais próximo do que os demais irmãos.  Aventureiros, os dois andavam sempre juntos. Seus interesses e habilidades eram  muito semelhantes:donos das estradas do mundo, enquanto Exú dominava as encruzilhadas, Ogum mandava nas retas dos caminhos. O desbravamento de novos espaços, a abertura de passagens   e a luta contra os inimigos   constituiam sua vida.      
Talvez essa grande união e afinidade explique a existência de uma entidade que reúne as características dos dois Orixás: Exú- Ogum, segundo Nina Rodrigues ( citado por Câmara Cascudo e por Roger Bastide), seria o nome dado pelos iorubás

o Orixá do ferro ( Ogum) sob sua forma de Deus da guerra, ou ao Exú de ferro, uma das duas modalidades gerais de Exu ( a outra é Exú da terra), que simboliza os ossos ( os minérios), o esqueleto do corpo da terra. Essa fusão parece não existir somente no Brasil: Câmara Cascudo também cita o pesquisador Fernando Ortiz, que descreve a existência de uma combinação semelhante, encontrada eventualmente na Santería de Cuba.


 De acordo com Fernandes Portugal, Ogum Xoroquê é um Ogum com fundamento em Exú. Já   Xogum , segundo o mesmo autor, é um tipo de Ogum que se torna Exu durante seis meses. O fato de ter fundamento em, ou ser periodicamente Exú, significa que esse  Ogum tem um componente mágico, podendo realizar feitiços.
De acordo com Olga Cacciatore, Ogum Xoroquê, também chamado de Xogum ( EXÚ DE OGUM) , é um Ogum feroz e briguento, tão bravio que termina por torna-se um Exú. É por isso que  ele tem tanta presteza em procurar resolver as demandas de seus filhos- de- fé, assumindo suas brigas e quizilas. O próprio nome da entidade reflete essa característica: em iorubá, xoro + ké significa gritar ferozmente ou cortar cruelmente.

 Ainda segundo Cacciatore, Xoxoroquê é o nome dado a essa entidade, quando ela se manifesta sob a forma de Exú.Como todos os exús da Umbanda, ele é mais um servo do Orixá que um Orixá  propriamente dito ; desta forma, esta entidade seria um Exú  subordinado a Ogum-Xoroquê ( como indica o nome Xoxoroquê , que significa em iorubá guarda de Xoroquê) .



 Entretanto , diferente dos demais Exús, este tem duas características únicas: em primeiro lugar,   verifica-se que, embora seja da mesma raiz que Ogum, ele assume uma causa como se fosse somente sua , quando outra entidade o requisita, resolvendo o problema por conta própria , e não como mensageiro do Orixá; em segundo lugar, e mais importante, verifica-se que, durante parte do ano, este Exú torna-se o próprio Orixá a que é ligado.
No Candomblé da  Nação de Angola , esta entidade é um Boiadeiro.
 Chama-se Caboclo Xoroquê  - metade caboclo ,metade Exú - , característica que o torna mais arrojado que os demais Caboclos no momento de resolver os casos que lhe são entregues.
 No Brasil, o Senhor Xoroquê, como a entidade é respeitosamente chamada por seus fiéis, apresenta-se alternadamente sob duas formas: durante seis meses do ano, é um Ogum, durante os outros seis meses, é um Exú. Porém estes seis meses não são exatamente o primeiro ou segundo semestre e sim dias alternados. Ou seja, o filho de Ogum Xoroke sente em seu organismo quandoExú esta aflorado ou o  Ogum. Somente o filho deste  Órixa sabe desta mudança. Um dos motivos dos filhos deste órixa serem considerados irresponsavis, pois nínguem nunca sabe o que ele vai fazer, esta pensando são muito imprevisiveis, nem eles sabem  qual vai ser a atitude diante de uma situação. Por isso as pessoas tem que ter muita paciência com os filhos de OGUM XOROKE.
Os Zeladores de Santo quando tem um filho deste Órixa sabe que este filho será aquele que sempre ele pode contar e sempre sabe que de vêz em quando some do "BARRACÃO", mas sempre volta. Os Zeladores já estão tão acostmado com as atitudes destes filhos que os outros Yaôs do "barracão" acham que estes filhos são os protegidos. Mas não. É que Ogum Shoroke esta sempre a flor da pele e os filhos agem de forma muito parecida do Órixa. Resumindo, os filhos de OGUM XOROKE são problemáticos. Porém quando OGUM XOROKE  "quizila" com um filho dele. É muito díficil conseguir "agô". Este filho apanha por um perído de SETE ANOS, QUATORZE e VINTE UM ANOS. Portanto todo o cuidado é pouco. Os filhos de Ogum Xoroke quando apanham de seu pai, apanham de uma forma muito rude em relação aos outros  Órixas. OGUM XOROKE só atende aos pedidos feitos pora YEMANJA ou XAPANAN. Por tanto se você é "raspado e catulado" para este Órixa, tome muito cuidado. Não vacile pois ele te dá quase tudo e toma de você inclusive aquilo que ele não te deu. Os filhos de OGUM XOROKE consegue tudo com muita facilidade, isto quando esta em dia com seu Órixa.
Consegue coisas impossiveis que ele nunca imaginou conseguir, coisas materiais e espirituais. Porém tem estar em dia com todas as "obrigações" relacionado ao Órixa. Eu amo meu pai OGUM SHOROKE. Pois foi para ele que meu "mucanã" caiu, foi para ele que o "inje" foi derramado no meu "ori" foi para ele que usei o meu "kelê".

lendas De Xoroquê.
Uma vez ao voltar de uma caçada não encontrou vinho de palma (ele devia estar com muita sede),e zangou-se de tal maneira que irado subiu a um monte ou montanha e Xoroquê (gritou Ferozmente ou cortou cruelmente do alto da montanha ou monte), cobrindo-se de sangue e fogo e vestiu-se somente com o mariwo, esse Ogum furioso chamado agora de Xoroquê, foi para longe para outros reinos, para as terras dos Ibos, para o Daomé, ate para o lado dos Ashantis, sempre furioso, Guerreando, lutando, invadindo e conquistando. Com um comportamento raivoso que muitos chegaram a pensar tratar-se de Exu zangado por não ter recebido suas oferendas ou que ele tivesse se transformado num Exu (talvez seja por isso que chegue a ser tratado como sendo metade exu por muitos do candomblé). Antes que ele chegasse a Ire, um Oluwo que vivia lá recomendou aos habitantes que oferecessem a Xoroquê, um Aja (cachorro), Exu (inhame), e muito vinho de palma, também recomendou que, com o corpo prostrado ao chão, em sinal de respeito recitassem o seus orikis, e tocadores tocassem em seu louvor. Sendo assim todos fizeram o que lhes havia sido recomendado só que o Rei não seguiu os conselho, e quando Xoroquê chegou foi logo matando o Rei, e antes que ele matasse a população Eles fizeram o recomendado e acalmaram Xoroquê, que se acalmou e se proclamou Rei de Ire sendo assim toda vez que Xoroquê se zanga ele sai para o mundo para guerrear e descontar sua ira chegando ate a ser considerado um Exu e quando retorna a Ire volta a sua característica de Ogum guerreiro e vitorioso Rei de Ire.
as conjurações de xoroquê
As conjurações deve ser feitas sempre que se for dar alguma oferenda ou fazer algum pedido.essas conjurações devem ser feitas por uma unica pessoa e ninguém poderá ver vc fazer essa oração.
PRIMEIRA CONJURAÇÃO: 
Senhor Xoroquê, Rei do Ouro, Senhor das nobrazas e das farturas, invoco-te por parte do Maioral todo poderoso, para que neste exato momento, coloques teus sete emissários em meu favor, para solucionar o que preciso, no prazo de sete minutos,sete horas ou sete dias, pois para isto foste criado.
SEGUNDA CONJURAÇÃO: 
Senhor Xoroque, assim como o bode berra, o fogo estala e a fumaça sobre, eu...(diga o seu
pedido)quero que meus desejos sejam agora a mim dirigidos, como a luz do sol clareia a terra,tu, com as sete forças do espaço, irás dirigir a mim tudo aquilo que eu quero e preciso neste exato momento, dentro do curto prazo de sete minutos,sete horas ou sete dias, poispara isso foste criado.
TERCEIRA CONJURAÇÃO
Senhor Xoroque,tu que tens o grande poder de aliviar-me de todas as necessidades materiais, neste exato momento suplico e ordeno-te farás com que as tuas sete falanges do espaço venham em meu socorro no curto tempo de sete minutos sete horas ou sete dias, pois para isto foste criado.




TEMPO
Quatro é o número da Terra; quatro foram os dias que Olorum levou para criar o mundo; a cada dia, Olorum criou quatro Odus – num total de 16; quatro são as estações do ano: verão, inverno, outono e primavera; quatro são os elementais da natureza: fogo, água, terra e ar. Ligado a este numero quatro, está o Orixá Tempo – de origem Angola e Congo – semelhante ao Iroko, da Nação Ketu e a Loko, de Nação Jeje. Tempo é o senhor das estações do ano; regente das mutações climáticas. Pai da maionga, o banho da Nação Angola. Tempo está sempre em movimento, entre uma e outra extremidade dos pólos. Ora está em Exu – equilíbrio negativo do Universo – oras está em Oxalá – equilíbrio positivo do Universo – ora intermediário entre um e outro pólo. Tempo é equilíbrio e desequilíbrio, ao mesmo tempo. Ele é o segundo, o minuto, a hora. Nas casa de Angola, Tempo é reverenciado com o Pai da Maionga, do banho, que vai purificar o corpo dos seguidores e iniciados no culto, no momento de maior energia, e vibração deste Inkice (Orixá). Momento, também, de maior purificação, feita através do banho com ervas, água do mar, de cachoeira, de rio, de mina e de chuva, etc. Tempo está ligado ao meio ambiente, pois qualquer choque ambiental tem a sua regência. Ligado intimamente aos quatros elementais da Natureza, Tempo viaja por todos eles, num movimento constante, alterando infinitamente o tempo. Sem esse movimento, viveríamos o mesmo segundo sempre, melhor, “sempre” não existiria. Com o tempo parado, não poderia existir vida de nenhuma espécie. A este Orixá, também chamado de Kitêmbo, foi designado e controle do ambiente, a passagem dos segundo, minutos e horas, dando sentindo aos dias, semanas, meses, anos, décadas, séculos e milênios. Ele é o próprio nome: Tempo. Tempo (Kitêmbo) rege as estações do ano, como já disse. Ele é o responsável pela passagem de um a para outra. Está ligado ao frio, ao calor, à seca, às tempestades, ao ambiente pesado e ao ambiente agradável; Tempo é o outono: período de mudança das plantas, dos ventos fortes, do clima meio nublado, sem beleza, mas de fundamental importância para o surgimento de um novo ciclo de vida. Tempo é inverno: período de frio, chuvas permanentes, ambiente gelado e úmido. Tempo é verão: período de forte calor, de sol escaldante, de seca, de estiagem. Tempo é primavera: período da beleza das plantas, do nascimento e do desabrochar das flores, do clima agradável, do frio gostoso e do sol morno, sadio; período em que a Natureza é mais colorida e talvez mais bela de ser ver. Tempo é o passeio por todas essas estações. Ele se encanta na mudança brusca de clima, do popular: “ sol e chuva, casamento de viúva”. Tempo é a mudança radical e a mudança proporcional do clima. Kitêmbo é a escala do tempo, por isso sua ferramenta é uma escada, em referencia ao crescimento do tempo em nossa volta. É a energia em constante deslocamento nos quatro pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste. Viaja pelos quatro, constantemente, sem parar. E nem poderia! Mitologia Os Angolas e os Congos, que cultuam os antepassados, contam uma historia sobre esse Inkice (Orixá). Relatam que ele era um homem muito agitado, que resolvia varias coisas ao mesmo tempo e que realiza varias tarefas de uma só vez. Reclamava, entretanto, que o dia era muito pequeno e que não conseguia realizar tudo aquilo que desejava, nos prazos estabelecidos por ele mesmo. Reclamava demais. Cobrava de Zambi (Oxalá nas nações Angola e Congo) ter nascido lento e incapaz de realizar tudo o que pretendia, mesmo que, na realidade, fosse um homem forte, veloz, astuto e competente. Mesmo assim, não se considerava capacitado para realizar seus objetivos e acusava Zambi de ter feito o dia muito pequeno. Um dia, Zambi lhe disse: - Você e muito afoito. Parece que errei em sua criação, pois você não se conforma com o eu feito. E ele retrucou a Zambi: - Não tenho culpa se o Senhor, Pai, fez o dia tão pequeno. As horas são tão miúdas que não dá tempo para realizar tudo aquilo que planejo! E Zambi, aborrecido, mas admirado pela coragem do seu filho, determinou então: - Já que você considera que o tempo é pequeno, passará,então,a controlá-lo e administrando o verão, o inverno, o outono e a primavera. Andará, então, pelo fogo, pela água, pela terra e pelo ar. Não terá, mas problemas de tempo. Será, então conhecido com Tempo e regerá os movimentos da Natureza. E, na terra, o povo clama o seu Inkice entoando a cantiga: “ E Tempo Zará... e Tempo Zará Tempo ô! E Tempo para trabalhar... “ E Tempo Zará... e Tempo Zará Tempo ô! E Tempo para comer... “ E Tempo Zará... e Tempo Zará Tempo ô! E Tempo para beber.. “ E Tempo Zará... e Tempo Zará Tempo ô! E Tempo para viver...”                                                                          


                                                    Iroko
(Chlorophora excelsa) – Árvore africana, também conhecido como Rôco, Irôco, é umorixá, cultuado no candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje. Corresponderia ao Nkisi Tempo na Angola/Congo. No Brasil, Iroko é considerado um orixá e tratado como tal, principalmente nas casas tradicionais de nação ketu. É tido como orixá raro, ou seja, possui poucos filhos e raramente se vê Irôko manifestado. Para alguns, possui fortes ligações com os orixá chamados Iji, de origem daomeana: Nanã, Obaluaiyê, Oxumarê. Para outros, está estreitamente ligado a Xangô. Seja num caso ou noutro, o culto a Irôko é cercado de cuidados, mistérios e muitas histórias. O culto a Iroko é um dos mais populares na terra yorubá e as relações com esta divindade quase sempre se baseiam na troca: um pedido feito, quando atendido, sempre deve ser pago pois não se deve correr o risco de desagradar Iroko, pois ele costuma perseguir aqueles que lhe devem. Iroko está ligado à longevidade, à durabilidade das coisas e ao passar do tempo. Dia da Semana: Terça-feira. Cores: Branco, Verde (ou Cinza) e Castanho Símbolo: Lança, Grelha Domínios: Tempo, Vida e Morte Saudação: Iroko I Só! Eeró! Iroko ou Tempo, como também é conhecido, é um orixá muito antigo. Iroko foi à primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes orixás desceram à Terra. Iroko é a própria representação da dimensão Tempo. Em todas as reuniões dos orixás está sempre presente Iroko, calado numcanto, anotando todas as decisões que implicam directamente na sua ação eterna. É um orixá pouco conhecido dos seres vivos ou mortos, nascidos ou por nascer. Toda a criação está nos seus desígnios. É o orixá Iroko, implacável e inexorável, que governa o Tempo e o espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do karma de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo. Outras representações correspondentes Conhecido e respeitado na Mesopotâmia e Babilónia como Enki, o Leão Alado, que acompanha todos os seres do nascimento ao infinito; cultuado no Egipto como Anúbis, o deus Chacal que determina a caminhada infinita dos seres desde o nascimento até atravessar o Vale da Morte. Também venerado como Teotihacan entre os Incas e Viracocha entre os Maias como o Senhor do Início e do Fim; também presente no Panteão Grego e Romano, onde era conhecido e respeitado como Cronus, o Senhor do Tempo e do Espaço, que abriga e conduz a todos inexoravelmente ao caminho da Eternidade. No Brasil No Brasil diz-se que Iroko habita a gameleira branca, (Ficus gomelleira ou Ficus doliaria (também chamada figueira-branca, guapoí, ibapoí, figueira-brava e gameleira-branca-de-purga). Nos terreiros, costuma-se manter uma dessas árvores como morada de Iroko, assinalada por um ‘ojá’ (laço de pano branco) ao seu redor. Caracteristicas dos filhos do Tempo (Iroko) Os filhos de Iroko são tidos como eloquentes, ciumentos, camaradas, inteligentes, competentes, teimosos, turrões e generosos.Gostam de diversão: dançar e cozinhar; comer e beber bem. Apaixonam-se com facilidade e gostam de liderar. Dotados de senso de justiça, são amigos queridos, mas também podem ser inimigos terríveis, no entanto, reconciliam-se facilmente.Um defeito grande, é o facto dos filhos de Iroko não conseguirem guardar segredos.


                  PAI XANGÔ AGODO


Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e eqüidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo. Comentar sobre o Orixá Xangô é dispensável, pois é muito conhecido dos praticantes de Umbanda. Logo, nos limitamos a comentar alguns de seus aspectos. O Trono Regente Planetário se individualiza nos Sete Tronos Essenciais, que se projetam energética, magnética e vibratoriamente e criam sete linhas de forças ou irradiações bi polarizadas, pois surgem dois pólos diferenciados em positivo e negativo, irradiante e absorvente, ativo e passivo, masculino e feminino, universal e cósmico. Uma dessas projeções é a do Trono da Justiça Divina que, ao irradiar-se, cria a linha de forças da Justiça, pontificada por Xangô e Egunitá (divindade natural cósmica do Fogo Divino). Na linha Elemental da Justiça, ígnea por excelência, Xangô e Egunitá são os pólos magnéticos opostos. Por isto eles se polarizam com a linha da Lei, que é eólica por excelência. Logo, Xangô polariza-se com a eólica Iansã e Egunitá polariza-se com o eólico Ogum, criando duas linhas mistas ou linhas regentes do Ritual de Umbanda Sagrada. O Orixá Xangô é o Trono Natural da Justiça e está assentado no pólo positivo da linha do Fogo Divino, de onde se projeta e faz surgir sete hierarquias naturais de nível intermediário, pontificadas pelos Xangôs regentes dos pólos e níveis vibratórios intermediários da linha de forças da Justiça Divina Estes sete Xangôs são Orixás Naturais; são regentes de níveis vibratórios; são multidimensionais e são irradiadores das qualidades, dos atributos e das atribuições do Orixá maior Xangô. Eles aplicam os aspectos positivos da justiça divina nos níveis vibratórios positivos e polariza-se com os Xangôs cósmicos, que são os aplicadores dos aspectos negativos da justiça divina. Como, na Umbanda, quem lida com os regentes desses aspectos são os Exus e as Pomba-giras, então não vamos comentá-los e nos limitaremos aos regentes dos pólos positivos intermediários, que formam suas hierarquias de Orixás Intermediadores, que pontificam, na Umbanda, as linhas de trabalhos espirituais. Estes Xangôs intermediários, tal como todos os Orixás Intermediários, possuem nomes mântricos que não podem ser abertos ao plano material. Muitos os chamam de Xangô da Pedra Branca, Xangô Sete Pedreiras, Xangô dos Raios, Xangô do Tempo, Xangô da Lei, etc. Enfim, são nomes simbólicos para os mistérios regidos pelos Orixás Xangôs intermediários. Só que quem usa estes nomes simbólicos não são os regentes dos pólos magnéticos da linha da Justiça, e sim os seus intermediadores, que foram humanizados" e regem linhas de caboclos que se manifestam no Ritual de Umbanda Sagrada comandando as linhas de trabalhos de ação e de reação. Eles são os aplicadores "humanos" dos aspectos positivos da Justiça Divina. Oferenda: Velas brancas, vermelhas e marrons; cerveja escura, vinho tinto doce e licor de ambrosia; flores diversas, tudo depositado em uma cachoeira, montanha ou pedreira. FILHOS DE XANGÔ Xangô, o Deus da Justiça, Senhor das pedreiras, exerce uma influência muito forte em seu filho. Todos os Orixás, evidentemente, são justos, e transmitem este sentimento aos seus filhos. Entretanto, em Xangô, a Justiça deixa de ser uma virtude, para passar uma obsessão, o que faz de seu filho um sofredor, principalmente porque o parâmetro da Justiça é o seu julgamento, e não o da Justiça Divina, quase sempre diferente do nosso, muito terra. Esta análise é muito importante. O filho de Xangô apresenta um tipo firme, enérgico, seguro e absolutamente austero. Sua fisionomia, mesmo a jovem, apresenta uma velhice precoce, sem lhe tirar, em absoluto, a beleza ou a alegria. Tem comportamento medido. É incapaz de dar um passo maior que a perna e todas as suas atitudes e resoluções baseiam-se na segurança e chão firme que gosta de pisar. É tímido no contato, mas assume facilmente o poder do mando. É eterno conselheiro, e não gosta de ser contrariado, podendo facilmente sair da serenidade para a violência, mas tudo medido, calculado e esquematizado. Acalmam-se com a mesma facilidade quando sua opinião é aceita. Não guarda rancor. A discrição faz de seus vestuários um modelo tradicional. Quando o filho de Xangô consegue equilibrar o seu senso de Justiça, transferindo o seu próprio julgamento para o Julgamento Divino, cuja sentença não nos é permitido conhecer, torna-se uma pessoa admirável. O medo de cometer injustiças muitas vezes retarda suas decisões, o que, ao contrário de lhe prejudicar, só lhe traz benefícios. O grande defeito dele é julgar os outros. Se aprender a dominar esta característica, torna-se um legítimo representante do Homem Velho, Senhor da Justiça, Rei da Pedreira. Por falar em pedreira, adora colecionar pedras. Cor: Marrom. Ervas: Folhas de Limoeiro; Erva Moura; Erva Lírio; Folhas de Café; Folhas de Mangueira; Erva de Xangô. Obs.: XANGÔ CAÔ – SÃO JERÔNIMO; XANGÔ AGODÔ – SÃO JOÃO BATISTA; XANGÔ AGANJÚ – SÃO PEDRO. UMA LENDA DE XANGÔ Xangô foi o terceiro Aláâfin de Oyó, Rei de Oyó, filho de Oranian e Torosi, a filha de Elenpê, rei dos Tapás; Foi criado no país de sua mãe indo mais tarde para Kóso (Kossô). O povo de Kossô não o aceitava porque Xangô tinha um caráter muito violento, dominador e impetuoso, mas conseguiu se impor através da força. Em seguida foi para Oyó, junto com seu povo e aí criou um bairro que recebeu o nome de Kossô, conservando assim o seu título de Obá Kossô. Dadá-Ajaká filho mais velho de Oranian e irmão de sangue de Xangô, reinavam em Oyó, e porsermuitocalmo e pacífico não tinha a energia que se precisava na época para ser um chefe ou um Rei. Xangô o destronou e Dadá-Ajaká exilou-se durante sete anos em Igboh. Mais tarde, quando Xangô deixou Oyó, Dadá-Ajaká voltou a reinar, só que desta vez diferente, mostrando-se guerreiro e muito valente, indo também contra a família materna de Xangô atacando os Tapás. Xangô teve três esposas: Oyá, Oxum e Obá. Xangô era muito atrevido e violento, porém, grande justiceiro, sempre castigando os ladrões e malfeitores. Por este motivo diz-se quem teve morte por raio, ou sua casa ou negócio queimado pelo fogo, foi vítima da ira ou cólera de Xangô.

                                                                            OMOLU

Dia da Semana: Segunda-Feira Cores: Branco e Preto Comida: Pipocas estouradas no Dendê, entregues no mato às segundas-feiras Saudação: Atotô, Ajuberu, Axê! Domínio: Ruínas, sarcófagos, estradas, cemitérios, caminhos e sol O Grande Deus da Morte, que pode evitá-la quando bem entender, é chamado também de Xapanan ou Omulu Orogbô. Diz-se que ele e sua mãe Nanan Buruku, seriam oriundos do Mahin( na realidade de Late, em Gana) e que como divindades, foram incorporados ao culto yorubá no Brasil. Por esta razão, seus "pejis", locais consagrados a estes orixás ficam reunidos numa mesma cabana, separados dos outros deuses. Segundo a Lenda, Obaluayiê teria levado seus guerreiros aos quatro cantos do Mundo e as suas flechas tornavam as pessoas cegas, surdas ou mancas. Ao chegar ao Dahomé, um Babalawô teria revelado a forma de acalmar sua fúria, com oferendas de pipocas. Tranquilizado pelas atenções recebidas, o orixá mandou construir um palácio, onde passou a morar e a ser chamado de Sapakta, O Ajuberú(O Senhor Implacável) OS FILHOS DE OMOLU NO AMOR O HOMEM DE OMOLU Para quem gosta de segurança, o filho desse santo é a pedida certa. Companheiro, amigão, solidário e amoroso, procura entendera pessoa amada e dá o melhor de si para fazê-la feliz. Parece mentira que exista alguém assim, mas não se entendermos que este homem é altamente espiritualizado, desligado do lado mesquinho do mundo. Com ele não adianta fazer charme: prefere mulheres objetivas, inteligentes e principalmente românticas como ele. Por ser assim, será muito difícil encontrá-lo em lugares badalados e movimentados. Sério e responsável, não gosta de agitos e comporta-se como um cavalheiro até na intimidade. Precisa, mais do que ser desejado, sentir que é amado e necessário à pessoa com quem se envolveu e pela qual nitrirá um ciúme bastante discreto. A MULHER DE OMOLU De temperamento forte, ela não aceitará nunca um companheiro que a queira dominar, precisa encontrar um homem à sua altura. Sua preferência recai sobre os que são altos, fortes, inteligentes e animados no jogo do amor. Discreta, nunca será a primeira a atacar. Vai observar bem, antes de se aproximar de quem está interessada e, quando se apaixonar, deixará transparecer todo o seu ciúme. É aquele tipo de mulher que procurará sempre pixar quem ela flagrou de olho no seu par. Isso porque, quem lhe pertencer, será só dela mesmo e de mais ninguém. Se o parceiro entender isso, terá ao seu lado uma bela figura de mulher, que fará sucesso em festas e reuniões e que, sexualmente, é uma parceira ativa e disposta a inovar sempre nas brincadeiras e jogos de amor. AFINIDADES Com mulheres de Yemanjá, Nanan, Oxóssi, Oyá, Oxalá e Oxanguian. AFINIDADES Com homens de Oxalá, Oxóssi, Ogun, Exu, Yemanjá e Oxanguian.
                                                          
                                                    OSSÂIM – O Senhor das Folhas

Ossâim é orixá masculino de origem nagô (Iorubá) que, como Oxóssi habita a floresta. É bastante cultuado no Brasil, recebendo diversos nomes como Ossânin, Ossonhe, Ossãe e Ossanha , uma das formas mais populares. Por causa do som feminino é freqüentemente confundido como figura feminina. É um orixá cujos filhos são raros, bem menos numerosos do que Ogum, Xangô ou Oxum. É orixá da cor verde, do contato mais íntimo com a natureza. As áreas consagradas a Ossâim não são os jardins cultuados de maneira tradicional, mas sim os recantos, onde só os sacerdotes podem entrar, nos quais as plantas crescem de maneira selvagem, quase sem controle. Orixá de grande significação, pois todos os rituais importantes utilizam o “sangue-escuro” que vem dos vegetais, seja em forma de amassis, infusões ou para uso de bebida ritualística. É comum dentro da Umbanda existir um certo preconceito com dois Orixás que muitas vezes são esquecidos, mais existem em Umbanda e se faz necessário o culto: Ossâim e Oxumarê. O primeiro está presente em todos os rituais através das folhas e o segundo presente em quase todos os rituais por ser o Orixá das cores e dos aromas. Por não terem sido muito divulgados, pensa-se serem orixás de Candomblé, grande erro. Dois orixás de grande valia dentro do culto de Umbanda. Segundo lendas, Ossâim era o dono de todas as folhas e era necessário que os Orixás dependessem dele para obter certas folhas e certos sumos. Como os orixás raramente se submetem a qualquer tipo de autoridade, a rebelião se fez e Iansã com seus ventos espalhou as folhas de Ossâim, fazendo com que cada Orixá pegasse a sua de acordo com sua esfera de atribuições. Mas muitas ervas e plantas ainda continuam sob o domínio de Ossâim, e mesmo as que hoje estão sob domínio dos outros orixás, ainda necessitam de certas rezas e preceitos que só Ossâim conhece. Nesse contexto o poder de Ossâim foi dividido, mas permanece paradoxalmente com ele, realçando outra característica do Panteão Africano: a dependência dos Orixás. Apesar de cada Orixá reinar sobre uma área específica do conhecimento e da atividade humana, acaba influindo genericamente sobre os domínios dos outros Orixás. Por isso um filho de Iansã deve manter boas relações espirituais com Ossâim para poder realizar os trabalhos e obrigações devidos à própria Iansã ou a Exu, como também deve invocar Oxum quando tiver problemas sexuais ou relativos a paternidade ou maternidade. Se cada ser humano é individualizado pela soma das características e presenças energéticas de seus próprios orixás – o primeiro (eledá) e o segundo (ajuntó) orixá, também troca energias com as outras fontes de Axé que regularizam e ditam as normas de seu relacionamento com outras áreas do conhecimento. É a convivência dos diferentes, mas complementares, que viabiliza a mitologia dos orixás e a existência do ser humano em sociedade. Não é orixá das lutas, do fogo, dos grandes amores e das guerras incontroláveis. É orixá da técnica, do uso das folhas que são empregadas quando necessárias, usadas de forma condutora da busca do equilíbrio energético, do contato do homem com a sua divindade, que nada mais é do que a sua essência. Não faz parte das lendas de Ossâim um número de relações familiares e sexuais de destaque, pois geralmente é apresentado como um ser solitário, vagando nebulosamente pela floresta e não habitando lar específico. Em algumas histórias é apresentado como uma figura de uma perna só. Em outras é chamado de Aroni, um anãozinho que como o saci pererê da mitologia, traz sempre na boca um cachimbo. Para alguns pesquisadores, a diferença existente entre Ossâim e Omolu-Obaluaiê, seria de que um traz a doença e o outro traria a cura. Mas tal definição não é adequada já que Omulu-Obaluaiê também traz a cura. Classificar Ossâim como Orixá da medicina seria uma visão parcial de sua real potencialidade mítica. Ossâim seria aquele a quem se pede a ajuda para libertação de diferentes problemas, seja a doença, sejam os encantamentos. Omulu-Obaluaiê é a quem se pede a cura, depois que ele mesmo muitas vezes envia a doença. Outra diferença seria que Ossâim é mais invocado nas doenças e problemas individuais enquanto Omulu-Obaluaiê é o que castiga socialmente, dizimando colheitas ou populações inteiras. Ossâim seria também o curandeiro do ponto de vista da magia e dos encantamentos, enquanto Omulu-Obaluaiê seria o curandeiro do ponto de vista das rezas e da manifestação de espíritos curadores que trabalhariam a seu mando. Como tantos outros magos, vive sozinho, em estreita e diária ligação com as plantas,com os pássaros com quem parece se comunicar,é misterioso e solitário ermitão.
O Arquétipo dos seus filhos
O arquétipo dos filhos de determinado Orixá, é um estudo profundo e que muitas das vezes não condiz com o que o Orixá apresenta. Vale lembrar que os Arquétipos são dados a essa ou aquela pessoa por características que são predominantes nos seus Orixás (eledá e ajuntó). Para facilitar o entendimento, geralmente o tipo físico é dado a partir do físico do Orixá (Oxum, Yemanjá – Predominância por gorduras localizadas e alguma tendência a engordar – Ogum, Oxóssi – Pessoas esguias e ágeis que tem no pisar o silêncio dos guerreiros que se faz necessário para não afastar a vítima ou a presa). Do ponto de vista emocional e psicológico, Oxum e Yemanjá seriam pessoas mais controladas e menos dadas a rompantes e combates, como seria Ogum, Oxóssi e Iansã. Xangô seria a figura do homem velho que nem sempre resolve tudo a ferro e fogo. Mas essas características são contrabalanceadas pelos ajuntós. Geralmente o Eledá traz alguma característica que muitas das vezes são acentuadas, desacentuadas ou mudadas pelas características do ajuntó. Portanto pode se ver uma filha de Yemanjá magérrima, visto que o ajuntó é Oxóssi e vice-versa. Os filhos de Ossâim são aqueles que não permitem que suas simpatias e antipatias subjetivas e individuais intervenham em suas decisões ou influenciem as suas opiniões sobre pessoas e acontecimentos. Ossâim é reservado, pouco intervindo em questões que não lhe digam respeito. Não é introvertido, mas não se faz notar pela atividade social. Os filhos de Ossâim são individualistas no sentido de não se preocuparem com o que acontece fora da sua esfera. São pessoas muito ligadas a religiosidade e pelos aspectos ritualísticos. A ordem, os costumes, as tradições e os gestos marcados e repetitivos o fascinam. São pessoas meticulosas, nunca se deixando levar pela pressa ou pela ansiedade, pois é caprichoso. Por isso as profissões dos filhos de Ossâim são aquelas que não requeiram pressa. São pessoas que não gostam de trabalhar em conjunto, há não ser quando somente o conjunto pode gerar o resultado esperado. Pela necessidade de isolamento e independência, os filhos de Ossâim podem abraçar profissões artesanais, que exijam o trabalho lento e meticuloso, como um ritual que quando não feito de maneira correta e meticulosa pode botar tudo a perder. Em termos físicos, são pessoas elegantes e esguias, mesmo quando tem como ajuntó Yemnjá ou Oxum. Não aparentam grande força física, mas detém uma grande energia reservada para uso quando necessário. Uma particularidade física muito comum são os cabelos lisos e compridos. São capazes de amar, mas não o tempo todo. O silêncio, porém, não pode ser entendido como sinônimo de falta de carinho: é apenas seu gosto pela ausência de sons, pois, quando há algum problema, ele dificilmente esconde seu ponto de vista. O Culto ao Orixá

Assim como os Orixás das florestas, Ossâim é cultuado as quintas-feiras, se bem que alguns zeladores e zeladoras apresentem seus dias de culto de maneira diferente. Como é um orixá voltado ao culto em si e à religião como forma organizada de comunicação entre os homens e o sobrenatural, todos os seus ritos exigem muitos detalhes e inúmeros cuidados para não se quebrar as regras de como se colhe uma folha de uma árvore ou se arrumam os ingredientes para uma obrigação de Ossâim. Em algumas áreas do Brasil, Ossâim é sincretizado em São Benedito, alguns zeladores e zeladoras dão a este Orixá o sincretismo de Santo Expedito, visto que o mesmo segura um ramo de folha em uma das mãos. Mas em geral é sincretizado na figura do Saci Pererê, figura mitológica que traduziria a função de encantado da mata, aquele que existe e ao mesmo tempo não. Sua filiação é Yemanjá e Oxalá (alguns historiadores dão Nanã e Oxalá), sua atuação seria na cura e na liturgia, suas cores variam de vermelho e azul, verde e branco e preto e amarelo (mais comum). A comida ritualística mais conhecida seria o padê de mel, coberto de fumo de rolo servido com um coeté de cachaça e entregue com uma vela preta e amarela. A ele são sacrificado bodes e galos. Sua saudação é Eu Eu!!! Lendas de Ossãiam OSSÃIM ERA O FILHO CAÇULA DE IEMANJÁ E OXALÁ E, DESDE PEQUENO, VIVIA NO MATO. TINHA UMA HABILIDADE ESPECIAL PARA TRATAR QUALQUER DOENÇA, POR ISSO VIAJAVA PELO MUNDO INTEIRO, SENDO SEMPRE RECEBIDO COM CARINHO PELO REI DE CADA TRIBO. ELE RECEBEU DE OLODUMARÉ O SEGREDO DAS FOLHAS; ASSIM, SABIA QUAL DELAS CURAVA DOENÇAS, TRAZIA VIGOR OU DEIXAVA AS PESSOAS MAIS CALMAS. OS OUTROS ORIXÁS INVEJAVAM O IRMÃO, POIS NÃO TINHAM ESSE PODER E DEPENDIAM DE OSSÃIM PARA TER SUCESSO. ELE COBRAVA POR QUALQUER TRABALHO, ACEITANDO MEL, FUMO E CACHAÇA COMO PAGAMENTO PELAS CURAS QUE REALIZAVA. XANGÔ, QUE ERA TEMPERAMENTAL, NÃO ADMITIA DEPENDER DOS SERVIÇOS DE OSSÃIM, E POR ISSO PEDIU A SUA ESPOSA YANSÃ, ORIXÁ QUE DOMINA OS VENTOS, PARA QUE AS FOLHAS VOASSEM EM DIREÇÃO A TODOS OS ORIXÁS, PARA QUE CADA QUAL EXERCESSE DOMÍNIO SOBRE UMA DELAS. EM MEIO A VENTANIA, OSSÃIM REPETIA SEM PARAR: "EU, EU ASSA!", QUE SIGNIFICA "OH, FOLHAS!". E COM ESSE TIPO DE REZA, EMBORA CADA ORIXÁ TENHA SE APOSSADO DE UMA FOLHA, OSSÃIM EVITOU QUE SEU PODER FOSSE DISTRIBUÍDO ENTRE OS IRMÃOS, POIS SÓ ELE CONHECIA O AXÉ DE CADA UMA DELAS E O SEGREDO DE PRONUNCIAR ESSAS PALAVRAS DE MANEIRA A CONSERVAR O PODER SOBRE ELAS. COM SUA SABEDORIA, ATE HOJE OSSÃIM PERMANECE O REI DA FLORESTA, SENDO CONSIDERADO O ORIXÁ DA MEDICINA.                                                                       

OXÓSSI Imbualama   
                                          Imbualama Águas Profunda
Maior autoridade da nação Keto. Filho de Iemanjá e Oxalá, é cultuado como Odé que significa "caçador.” Casado com Oxum, com quem teve um filho - Logun Edé. Muito unido a Ogum, devendo a este o manuseio das armas e o aprendizado da caça. Oxóssi é o provedor do sustento da família: um caçador por excelência. Relaciona-se com os animais sem, entretanto adquirir a personalidade destes. Caçador inteligente, ágil, humilde e refinado. De notável beleza, sua dança é considerada a mais bonita do Candomblé. Orixá dos intelectuais, dos artistas. É curioso e observador. Suas relações amorosas são complicadas: é fiel e ciumento. Não se adapta facilmente a vida urbana. Oxóssi como pai é protetor, amável e carinhoso. Ele é Rei!OKÊ ARÔ! Perfil dos filhos de Oxossi: Os filhos do Rei da Caça nasceram para a liberdade. Inteligentes, ciumentos, cultos, acomodados, sensíveis. Tem um quê de artista em tudo que fazem. Gostam da fartura e do exagero. Filhos de Oxóssi acham que são melhores em tudo. Amantes perfeitos e fiéis. São extremamente sinceros e humilde.
 






Oxumaré.
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OXUMARÉ, filho mais novo e preferido de NANÃ, irmão de OMULU. É uma entidade branca muito antiga, particípou da criação do Mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo. Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento. Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do movimento e do ciclo vital. A cobra é dele e é por isso que no CANDOMBLÉ não se a mata. Sua essência e o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida. A comunicação entre o céu e a terra é garantida por OXUMARÉ. Leva a água dos mares, para o céu, para que a chuva possa formar-se - é o arco-iris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso é associado ao cordão umbilical. Sua cor é o verde alface e todas as combinações do arco-íris.
Seu dia é terça-feira e a oferenda predileta é tatu, galo e frutas frescas. É bi-sexual e com aspecto femino, dança com o ADÉ (coroa das rainhas). É homem durante seis meses, mulher outros seis meses. É dono das riquezas escondidas na floresta, nas entranhas da terra e no fundo do mar, onde reside debaixo do oceano: pedras preciosas, ouro, coral pertence-lhe.
0 tipo psicológico dos filhos de OXUMARÉ é aristocrático. Fisicamente é esbelto, seus traços são finos. É dinâmico, inteligente, dotado de espírito curioso e destaca-se pela ironia. Gosta de fofoca e por ser intrigante, atrai, seduz e diverte. É frequentemente esnobe e gosta de exibir-se, chegando a ser excêntrico e extravagante. Quando rico, é protetor dos jovens de talento. Não é bruto nem grosseiro, é refinado e civilizado, mas pode ser perigoso pela maledicência. Possui uma grande intuição e pode ser advinho esperto. 
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Simbolizado pela serpente.
Sua tradução, quer dizer: arco íris, bem como uma versão, essencialmente masculino, e outra, como fêmea ou macho (Besèn e Frekuén). Besèn, a parte feminina de Oxumarè, que se transforma durante seis meses do ano (também evidenciado pela sua mudança de pele).
Parente de Nanã e Obaluaiye, o que mostra sua relação com a terra e seus ancestrais.
É a mobilidade e a atividade. Uma de suas obrigações, em suas múltiplas funções, é a de dirigir o movimento, é o senhor de tudo que é alongado. O cordão umbilical, que está sob o seu controle; é o símbolo da continuidade e permanência e, algumas vezes é representado por uma serpente que se enrosca e morde a própria cauda. Sua dupla natureza de macho e fêmea, é simbolizada pelas cores vermelha e azul que cercam o arco íris, ou, verde e amarelo dependendo da região. Também representa a riqueza, um dos benefícios mais apreciados no mundo dos yorubás. Seus iniciados usam brajás , longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecer escamas de uma serpente, e trazer na mão um ebiri, espécie de vassoura feita com nervura das folhas de palmeira, ou Idan duas cobras em ferro forjado. Durante suas danças, apontam alternadamente para o céu e para a terra.
Através do arco íris, se torna o elemento de ligação entre o céu e a terra, fazendo a ponte aiyé-orún, transporta mensagens e oferendas. 
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oxumare



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No Brasil, as pessoas dedicadas a Oxumaré usam colares de contas de vidro amarelas e verdes; a terça-feira é o dia da semana consagrado a ele. Seus iniciados usam brajá, longos colares de búzios, enfiados de maneira a parecerem escamas de serpente, e trazem na mão um ebiri, espécie de vassoura feita com nervuras das folhas das palmeiras. Outras vezes seguram também uma serpente de ferro forjado. Durante suas danças, seus iaôs apontam alternadamente para o céu e a terra. As pessoas gritam "Arobobo!" para saudá-lo. São-lhe feitas oferendas de patos e pratos de comida onde se misturam feijão, milho e camarões cozidos no azeite-de-dendê.
O bravum, embora não seja atribuído especialmente a algum orixá, é freqüentemente escolhido para a dança de Oxumaré e Euá. É um ritmo de andamento rápido, dobrado e repicado. Oxumaré, deus do arco-íris, deus-serpente, dança com movimentos ondulantes, atirando-se por vezes ao chão, imitando o bote da serpente. 

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Na Bahia, Oxumaré é sincretizado com São Bartolomeu. Festejam-no numa pequena cidade dos arredores que leva seu nome. Seus fiéis aí se encontram, no dia 24 de agosto, a fim de se banharem numa cascata coberta por uma neblina úmida, onde o sol faz brilhar, permanentemente, o arco-íris de Oxumaré.
Oxumaré é o arquétipo das pessoas que desejam ser ricas; das pessoas pacientes e perseverantes nos seus empreendimentos e que não medem sacríficios para atingir seus objetivos. Suas tendências à duplicidade podem ser atribuídas à natureza andrógina de seu deus. Com o sucesso tornam-se facilmente orgulhosas e pomposas e gostam de demonstrar sua grandeza recente. Não deixam de possuir certa generosidade e nçao se negam a estender a mão em socorro àqueles que dela necessitam.

Mitos de Oxumaré

  • Oxumaré era outrora um babalaô adivinho, filho do proprietário-da-estola-de-cores-brilhantes". Começou a vida com um grande período de mediocridade e mereceu, por esta razão, o desprezo de seus contemporâneos. Sua chegada final à glória e à força é simbolizada pelo arco-íris que, quando aparece, faz as pesoas exclamarem: "Ora, ora, ora, eis Oxumarê!" Isto mostra, assim, que ele é conhecido universalmente e, como a presença do arco-íris impede que a chuva caia, ele demonstra, também, a sua força.
  • Oxumaré era, antigamente, o adivinho (babalaô) do rei Oni. Sua única ocupação era ir ao palácio real no dia do segredo; dia que dá início à semana, de quatro dias, dos iorubás. O rei Oni não era um rei generoso. Ele dava apenas, a cada semana, uma quantia irrisória a Oxumaré que, por essa razão vivia na miséria com sua família. O pai de Oxumaré tinha um belo apelido. Chamavam-no "o proprietário do xale de cores brilhantes". Mas tal como seu filho, ele não tinha poder. As pessoas da cidade não o respeitavam. Oxumaré, magoado por esta triste situação, consultou Ifá. "como tornar-me rico, respeitado, conhecido e admiradopor todos?" Ifá o aconselhou a fazer oferendas. Ele disse-lhe que oferecesse uma faca de bronze, quatro pombos e quatro sacos de búzios da costa. No momento que Oxumaré fazia estas oferendas, o rei mandou chamá-lo. Oxumaré respondeu: "Pois não, chegarei tão logo tenha terminado a cerimônia." O rei, irritado pela espera, humilhou Oxumaré, recriminou-o e negligenciou, até, a remessa de seus pagamentos habituais. Entretanto, voltando à sua casa, Oxumaré recebeu um recado: Olocum, a rainha de um país vizinho, desejava consultá-lo a respeito de seu filho que estava doente. Ele não podia manter-se de pé. Caía, rolava no chão e queimava-se nas cinzas do fogareiro. Oxumaré dirigiu-se à corte da rainha Olocum e consultou Ifá para ela. Todas as doenças da criança foram curadas. Olocum, encantada por este resultado, recompensou Oxumaré. Ela ofereceu-lhe uma roupa azul, feita de rico tecido. Ela deu-lhe muitas riquezas, servidores e um cavalo, sobre o qual Oxumaré retornou à sua casa em grande estilo. Um escravo fazia rodopiar um guarda sol sobre sua cabeça e músicoa cantavam seus louvores. Oxumaré foi, assim, saudar o rei. O rei Oni ficou surpreso e disse-lhe: "Oh! De onde vieste? De onde sairam todas estas riquezas?" Oxumaré respondeu-lhe que a rainha Olocum o havia consultado. "Ah! Foi então Olocum que fez tudo isto por você!" Estimulado pela rivalidade, o rei Oni ofereceu a Oxumaré uma roupa do mais belo vermelho, acompanhada de muitos outros presentes. Oxumaré tornou-se, assim, rico e respeitado. Oxumaré, entretanto, não era amigo de Chuva. Quando Chuva reunia as nuvens, Oxumaré agitava sua faca de bronze e a apontava em direção ao céu, como se riscasse de um lado a outro. O arco-íris aparecia e Chuva fugia. Todos gritavam: "Oxumaré apareceu!" Oxumaré tornou-se, assim, muito célebre. Nesta época, Olodumaré, o deus supremo, aquele que estende a esteira real em casa e caminha na chuva, começou a sofrer da vista e nada mais enxergava. Ele mandou chamar Oxumaré e o mal dos seus olhos foram curados. Depois disso, Olodumaré não deixou mais que Oxumaré retornasse a Terra. Desde esse dia, é no céu que ele mora e só tem permissão para visitar a Terra a cada três anos. É durante estes anos que as pessoas tornam-se ricas e prósperas."

Oxumaré na Umbanda

Na Umbanda, Oxumaré converteu-se em um exu, Exu Maré, tido como da linha de Iemanjá. É o Exu especializado em facilitar a invisibilidade das pessoas, dando-lhes poderes de se transportar de um lugar para outro. Sua apresentação é a de uma criatura normal.

Referências

  • Pierre Fatumbi Verger, Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo, São Paulo: Corrupio, 1981
não tem nada vê oxumaré nem é cultuado na umbanda oxumaré é orixá e não exu.
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Imagem de Oxumare no candomblé

Oração a Oxumarê

Amado e Divino Pai Oxumarê

Clamamos vossas sete luzes divinas renovadoras dos nossos sentimentos já cansados e esgotados pela luta do ser e existir.
Amado Pai nos envie vossos fatores positivos para que inundados com eles possamos ser instrumentos renovadores na vida do nosso semelhante e na nossa vida.
Dilua todos negativos que vivem no nosso intimo, todas impurezas e vicios que carregamos no decorrer de nossas encarnações.
Envolva com suas cores vivas todos espiritos sofredores que estejam ligados a nós neste momento ou a cordões carmicos, e envolvidos nas nas vossas cores sagradas que eles sejam curados, tenham suas dores aliviadas e seus mentais reequilibrados dos tormentos terriveis que eles carregam, dilua meu Pai e renove neles os sentimentos positivos e a busca pela evolução rumo ao Divino Criador Olorum.
Pai tambem clamamos que envie suas forças renovadoras aos hopitais, presidios, orfanatos, azilos e a todos que imploram por uma nova chance de evoluir e que se encontram na escuridão por ter se afastado do Divino Criador.
Olhe por nossos familiares e amigos encarnados ou desencarnados que eles recebam a benção das sete luzes vivas e divinas do Arco Iris Sagrado.
E por fim meu Pai ilumine todo planeta, leve vossas cores aos que so exergam escuridão e nos livre dos tormentos negativos, nos proteja hoje e sempre na nossa caminhada evolutiva no maravilhoso PlanetaTerra!!!

Saravá Pai Oxumarê

Arrobobo
Oração de São Bartolomeu (Oxumaré)
Glorioso São Bartolomeu, modelo sublime de virtude e puro frasco das graças do Senhor! Proteja este seu servo que humildemente se ajoelha a seus pés e implora que tenha a bondade de pedir por mim junto ao trono do Senhor.
São Bartolomeu, use todos os recursos para me proteger dos perigos que diariamente me rodeiam! Lance seu escudo protetor em minha volta e me proteja do meu egoísmo e de minha indiferença a Deus e ao meu vizinho. São Bartolomeu, me inspire em imita-lo em todas as minhas ações.
Derrame em mim suas graças para que eu possa servir e ver a Cristo nos outros e trabalhar para a Vossa maior gloria.
Graciosamente obtenha de Deus os favores e as graças que eu muito necessito, nas minhas misérias e aflições da vida.
Eu aqui invoco sua poderosa intercessão, confiante na esperança que ouvirás minhas orações e que obtenha para mim esta especial graça e favor que eu reclamo de seu poder e bondade fraternal, e com toda a minha alma imploro que me conceda a graça ... (mencionar aqui a graça desejada ), e ainda a graça da salvação de minha alma e para que eu viva e morra como filho de Deus, alcançando a doçura do Vosso amor e a eterna felicidade. Amem.
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Guia de Oxumare


Características dos filhos de Oxumaré
São pessoas que tendem à renovação e à mudança. Periodicamente mudam tudo na sua vida (de maneira radical): mudam de casa, de amigos, de religião, de emprego; vivem rompendo com o passado e buscando novas alternativas para o futuro, para cumprir seu ciclo de vida: mutável, incerto, de substituições constantes.
São magras. Como as cobras possuem olhos atentos, salientes, difíceis de encarar, mas ‘não enxergam’. São pessoas que se prendem a valores materiais e adoram ostentar suas riquezas; São orgulhosas, exibicionistas, mas também generosas e desprendidas quando se trata de ajudar alguém.
Extremamente ativas e ágeis, estão sempre em movimento e acção, não podem parar.
São pessoas pacientes e obstinadas na luta pelos seus objectivos e não medem sacrifícios para alcançá-los. A dualidade do orixá também se manifesta nos seus filhos, principalmente no que se refere às guinadas que dão nas suas vidas, que chegam a ser de 180 graus, indo de um extremo a outro sem a menor dificuldade. Mudam de repente da água para o vinho, assim como Oxumaré, o Grande Deus do Movimento.

Diga não ao racismo.
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 DEFUMAÇÃO DE DESCARREGO
- Serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam qualquer ambiente, tornando-o carregado e ocasionando perturbações nas pessoas que neles se encontram. Ervas utilizadas:
ALECRIM DO CAMPO: Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias.
ARRUDA: Descarrego e defesa dos males, proteção e remove o efeito de feitiços.
BELADONA: Limpeza de ambientes
BENJOIM RESINA e CANELA: Limpa o ambiente e destrói larvas astrais.
CARDO SANTO: Defesa, quebra olho gordo
CIPÓ CABOCLO: Elimina todas as larvas astrais do ambiente
FOLHA DE BAMBU: Afasta vampiros astrais
GUINÉ: Atua como um poderoso escudo mágico contra malefícios.
INCENSO: Tanto a erva como a resina (pedra) são bons para limpeza em geral.
MIRRA: Descarrego forte, afasta maus espíritos
PALHA DE ALHO: Afasta más vibrações
Modo de usar: Varra a casa ou local a ser defumado, acenda uma vela para seu anjo de guarda, depois acenda um braseiro e coloque dentro do mesmo três tipos diferentes de ervas. Defume de dentro para fora, mantendo o pensamento firme de que está limpando sua casa, sua família e seu corpo.
DEFUMAÇÃO LUSTRAL- Além de afastar alguns remanescendes astrais que por ventura tenham se mantido após a defumação de descarrego, esta defumação atrai para o ambiente correntes positivas das entidades, que se encarregarão de abrir seus caminhos. Ervas usadas:
ABRE CAMINHO: Abre o caminho atraindo bons fluidos dando força e liderança.
ALFAZEMA: Atrativo feminino, deixa o lar mais suave, limpa, purifica e traz o entendimento
ANIS ESTRELADO: Atrativo. Chama dinheiro
COLÔNIA: Atrai fluidos benéficos
CRAVO DA ÍNDIA: Atrativo e chama dinheiro e dá força á defumação.
EUCALIPTO: Atrai a corrente de Oxossi
LEVANTE: Abre os caminhos do ambiente
LOURO: Abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente
MADRESSILVA: Desenvolve a intuição e a criatividade, favorece também a prosperidade.
MANJERICÃO: Chama dinheiro
ROSA BRANCA: Paz e harmonia
SÂNDALO: Atrativo do sexo oposto e também ajuda a conectar com a essência Divina
Modo de usar: Esta defumação deve ser feita da porta da rua para dentro do ambiente.
Na limpeza, evite escolher ervas com funções diferentes, por exemplo: Levante, Louro e cardo santo, pois duas estão abrindo o caminho, e a terceira (cardo santo) é para limpeza. Isso pode não combinar, por isso primeiro defume a casa fazendo somente a limpeza, de dentro para fora, depois use as ervas para atrair coisas boas (de fora para dentro).
Quando for fazer defumação de café e açúcar, não faça com os 2 juntos; Primeiro defume de dentro para fora com café, jogue as brasas e os resíduos bem longe, depois defume de fora para dentro com açúcar.
Quando for usar Incenso, Mirra e Benjoim, pode-se usar uma quarta erva para limpeza.
Muitas pessoas não podem defumar a casa porque o marido, mulher ou vizinhos não gostam de defumação. Então, para uma defumação mais simples e funcional, faça-a com incensos, seguindo a orientação abaixo:
PARA LIMPEZA DE AMBIENTE COM INCENSOS
Encha um copo virgem (de vidro) de arroz cru, coloque 8 varetas de incenso, podendo ser de Arruda, Alecrim, Cânfora, Eucalipto, Madressilva ou Pimenta, passe este copo na casa inteira (começando de dentro para fora da porta de entrada) e quando chegar na porta de entrada, deixe-os queimando, no término, jogue todos os resíduos (arroz e o pó do incenso) na água corrente, e o copo guarde para a próxima defumação.
Tabela de incensos:
Limpeza: Olibano, elemi,copal,cravo da índia, junipero, louro cedro, lavanda alecrim, salvia branca, sangue de dragão, sweetgrass.
Coragem: Elemi, sangue de dragão, balsamo do peru, olibano, palusanto, louro, lavanda, cedro, pinho, junipero, salvia branca, tomilho.
Criatividade: Anis estrelado, copal, cravo da índia, mastic, elemi, breuzinho, olibano, capim limão, junipero.
Relaxar: Lavanda, sândalo, vetiver, sandarac, nardo.
Meditação & oração: Sândalo, mirra, olibano, mastic, copal, nardo, Ladano, sangue de dragão, damar, aloes madeira.
Sono: Sândalo, nardo, galbano, mirra, salvia branca, lavanda.
Sonhos: Aloés madeira, mastic, louro, lavanda.
Amor: Sândalo, aloés copal, bejoin, mirra, vetiver, cássia, nardo, rosa patchuli.

Logunede ganha domínio dado por Olorun















No início dos tempos, cada orixá dominava um elemento da natureza,não permitindo que nada, nem ninguém, o invadisse. Guardavam sua sabedoria como a um tesouro. É nesse contexto que vivia a mãe das água doces, Osun, e o grande caçador Odè. Esses dois orixás constantemente discutiam sobre os limites de seus respectivos reinados, que eram muito próximos. Odè ficava extremamente irritado quando o volume das águas aumentavam e transbordavam de seus recipientes naturais, fazendo alagar toda a floresta. Osun argumentava, junto a ele, que sua água era necessária à irrigação e fertilização da terra, missão que recebera de Olorun. Odè não lhe dava ouvidos, dizendo que sua caça iria desaparecer com a inundação. Olorun resolveu intervir nessa guerra, separando bruscamente esses reinados, para tentar apaziguá-los. A floresta de Odè logo começou a sentir os efeitos da ausência das águas. A vegetação, que era exuberante, começou a secar, pois a terra não era mais fértil. Os animais não conseguiam encontrar comida e faltava água para beber. A mata estava morrendo e as caças tornavam-se cada vez mais raras. Odè não se desesperou, achando que poderia encontrar alimento em outro lugar. Osun, por sua vez, sentia-se muito só, sem a companhia das plantas e dos nimais da floresta, mas também não se abalava, pois ainda podia contar com a companhia de seus filhos peixes para confortá-la. Odè andou pelas matas e florestas da Terra, mas não conseguia encontrar caça em lugar algum. Em todos os lugares encontrava o mesmo cenário desolador. A floresta estava morrendo e ele não podia fazer nada. Desesperado, foi até Olorun pedir ajuda para salvar seu reinado, que estava definhando. O maior sábio de todos explicou-lhe que a falta d’água estava matando a floresta, mas não poderia ajudá-lo, pois o que fez foi necessário para acabar com a guerra. A única salvação era a reconciliação. Odè, então, colocou seu orgulho de lado e foi procurar Osun, propondo a ela uma trégua. Como era de costume, ela não aceitou a proposta na primeira tentativa. Osun queria que Odé se desculpasse, reconhecendo suas qualidades. Ele, então, compreendeu que seus reinos não poderiam sobreviver separados, unindo-se novamente, com a benção de Olorun. Dessa união nasceu um novo orixá, um orixá príncipe, Logunede, que iria consolidar esse "casamento", bem como abrandar os ímpetos de seus pais. Logunede sempre ficou entre os dois, fixando-se nas margens das águas, onde havia uma vegetação abundante. Sua intervenção era importante para evitar as cheias, bem como a estiagem prolongada. Ele procurava manter o equilíbrio da natureza, agindo sempre da melhor maneira para estabelecer a paz e a fertilidade. Conta uma outra lenda que as terras e as águas estavam no mesmo nível, não havendo limites definidos. Logunede, que transitava livremente por esses dois domínios, sempre tropeçava quando passava de um reinado para o outro. Esses acidentes deixavam Logunede muito irritado. Um dia, após ter ficado seis meses vivendo na água, tentou fazer a transição para o reinado de seu pai, mas não conseguiu, pois a terra estava muito escorregadia. Voltou, então, para o fundo do rio, onde começou a cavar freneticamente, com a intenção de suavizar a passagem da água para a terra. Com essa escavação, machucou suas mãos, pés e cabeça, mas conseguiu fazer uma passagem, que tornou mais fácil sua transição. Logunede criou, assim, as margens dos rios e córregos, onde passou a dominar. Por esse motivo, suas oferendas são bem aceitas nesse local. Logun Edè é salvo das águas Logun Edè era filho de Oxóssi com Oxun. Era príncipe do encanto e da magia. Oxóssi e Oxum eram dois Orixás muito vaidosos. Orgulhosos, eles viviam às turras. A vida do casal estava insuportável e resolveram quue era melhor separar. O filho ficaria metade do ano nas matas com Oxóssi e a outra metade com Oxun no rio. Com isso, Logun se tornou uma criança de personalidade dupla: cresceu metade homem, metade mulher. Oxun proibiu Logun Edè de brincar nas águas fundas, pois os rios eram traiçoeiros para uma criança de sua idade. Mas Logun era curioso e vaidoso como os pais. Logun nào obedecia à mãe. Um dia Logun nadou rio adentro, para bem longe da margem. Obá, dona do rio,para vingar-se de Oxum, com quem mantinha antigas querelas, começou a afogar Logun. Oxum ficou desesperada e pediu a Orunmilá que lhe salvasse o filho, que a amparasse nos eu desespero de mãe. Orunmilá que sempre atendia à filha de Oxalá, retirou o príncipe das águas traiçoeiras e o trouxe de volta à terra. Então deu-lhe a missão de proteger os pescadores e a todos que vivessem das águas doces. Dizem que Oiá quem retirou Logun Edè da água e terminou de criá-lo juntamente com Ogun. Logun Edè rouba segredos de Osalà Logunede era um caçador solitário e infeliz, mas orgulhoso. Era um caçador pretensioso e ganancioso, e muitos os bajulavam pela sua formosura. Um dia Oxalá conheceu Logun Edè e o levou para viver em sua casa sob sua proteção. Deu a ele companhia, sabedoria e compreensão. Mas Logun Edè queria muito mais, queria mais. E roubou alguns segredos de Oxalá. Segredos que Oxalá deixara à mostra, confiando na honestidade de Logun. O caçador guardou seu furto num embornal a tiracolo, seu adô. Deu as costas a Oxalá e fugiu. Não tardou para Oxalá dar-se conta da traição do caçador que levara seus segredos. Oxalá fez todos os sacrifícios que cabia oferecer e muito calmamente sentenciou que toda a vez que Logun Edè usasse um dos seus segredos todos haveriam de dizer sobre o prodígio: "Que maravilha o milagre de Oxalá!". Toda a vez que usasse seus segredos alguma arte não roubada ia faltar. Oxalá imaginou o caçador sendo castigado e compreendeu que era pequena a pena imposta. O caçador era presumido e ganancioso, acostumado a angariar bajulação. Oxalá determinou que Logun Edè fosse homem num período e no outro depois fosse mulher. Nunca haveria assim de ser completo. Parte do tempo habitaria a floresta vivendo de caça, e noutro tempo, no rio, comendo peixe. Nunca haveria de ser completo. Começar sempre de novo era sua sina. Mas a sentença era ainda nada para o tamanho do orgulho do Odè. Para que o castigo durasse a eternidade, Oxalá fez de Logun Edè um orixá.

                                                                    Sultão das Mata, Caboclo
                                                          
Vou lhes falar um pouco da historia do meu caboclo sultão das matas. Foi ele quem me contou. Um certo dia ele estava na sua aldeia e chegou um colonizador e começou a fazer contato com ele. Esse colonizador tinha uma filha, que quando viu o sultão das matas, ficou logo apaixonada, mas o Sultão das Matas não correspondeu com o mesmo sentimento, pois sabia que eles faziam parte de um mundo diferente e aquele romance não seria possível. Mas a moça bolou um plano para ficar com ele. Foi o seguinte: ela pegou uma galinha e matou e passou o sangue entre as pernas e ficou toda ensangüentada e falou para o pai dela que tinha sido o sultão das matas que tinha pegado ela a força. Ela achou que com esse plano maquiavélico o pai dela ia fazer os dois se casarem e que eles seriam felizes. Mas foi tudo ao contrario. Quando o pai dela soube do suposto acontecido ficou muito bravo e chamou os seus soldados armados e capturou o Sultão das Matas e colocou amarrado em um tronco de madeira e colocou muita madeira em volta dele e tocou fogo nele vivo. Quando a mãe do caboclo, a cabocla Yara viu aquilo não agüentou ver tanta perversidade e injustiça e correu e agarrou-se ao Sultão das Matas e morreram os dois queimados na fogueira. Depois disso ele foi doutrinado no mundo espiritual e perdoou seus agressores, mas passou a lutar sempre contra as mentiras e as maldades e a injustiça. Quem for verdadeiro sincero e honesto e justo, pode chamar por esse caboclo que ele esta sempre pronto a atende-lo obs: essa é a história do meu Sultão das Matas em particular, que ele me contou. Mas podem haver outras e muitas historias de Sultão das Matas.
‘APAOKA’

                                                 

Divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú. Oxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá, ou, nos mitos, filho de Apaoka (jaqueira). É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que Oxossi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por Oxum. Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça. Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ossãe apaixonou-se pela beleza de Oxossi e prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes.
Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é “corrido” na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé. Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento, garante a alimentação em abundância, o Orixá Oxossi está associado ao Orixá Ossaê, que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais de Umbanda. Irmão de Ogum, habitualmente associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade ao ar livre: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência. Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que Ogum. No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos.
Segundo Pierre Verger, o culto a Oxossi é bastante difundido no Brasil mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Oxossi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Oxossi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos. O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Oxossi o identifiquem não com um negro, como manda a tradição, mas com um Índio. Oxossi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento. Segundo Pierre Verger, o culto a Oxossi é bastante difundido no Brasil mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Oxossi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Oxossi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos.O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Oxossi o identifiquem não com um negro, como manda a tradição, mas com um Índio. Oxossi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento


IBEJI - ERÊ - CÓSME E DAMIÃO
Existe uma confusão latente entre o Orixá Ibeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade. Ibeji, são divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião. Por serem gêmeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e brota: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etc. Seus filhos são pessoas com temperamento infantil, jovialmente inconseqüente; nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram. Costumam ser brincalhonas, sorridentes, irrequietas, tudo enfim que se possa associar ao comportamento típico infantil. Muito dependentes nos relacionamentos amorosos e emocionais em geral, podem então revelar-se teimosamente obstinados e possessivos. Ao mesmo tempo, sua leveza perante a vida se revela no seu eterno rosto de criança e no seu modo ágil de se movimentar, sua dificuldade em permanecer muito tempo sentado, extravasando energia. Podem apresentar bruscas variações de temperamento, e certa tendência a simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais, reduzindo, à vezes, o comportamento complexo das pessoas que estão em torno de si a princípios simplistas como "gosta de mim" ou "não gosta de mim". Isso pode fazer com que se magoem e se decepcionem com certa facilidade. Ao mesmo tempo, suas tristezas e sofrimentos tendem a desaparecer com facilidade, sem deixar grandes marcas. Como as crianças em geral, gostam de estar no meio de muita gente, das atividades esportivas, sociais e das festas. Crianças na Umbanda Ibeji no Batuque Bêji no Xambá A grande cerimônia dedicada a estes orixás acontece a 27 de setembro, dia de Cosme e Damião, quando comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às crianças, portanto) são oferecidas tanto aos orixás como aos freqüentadores dos terreiros. Ibeji na nação Keto, ou Nvunji nas nações Angola e Congo. É a divindade da brincadeira, da alegria; sua regência está ligada à infância. Ibeji está presente em todos os rituais do Candomblé pois, assim como Exu, se não for bem cuidado pode atrapalhar os trabalhos com suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de Santo. É o orixá que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência, independente do orixá que a criança carrega. Ibeji é tudo de bom, belo e puro que existe; uma criança pode nos mostrar seu sorriso, sua alegria, sua felicidade, seu engatinhar, falar, seus olhos brilhantes. Na natureza, a beleza do canto dos pássaros, nas evoluções durante o vôo das aves, na beleza e perfume das flores. A criança que temos dentro de nós, as recordações da infância. Feche os olhos e lembre-se de uma felicidade, de uma travessura e você estará vivendo ou revivendo uma lenda desse orixá. Pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu em nossa infância, foi regido, gerado e administrado por Ibeji. Portanto, ele já viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos. A palavra Eré vem do yorubá, iré, que significa "brincadeira, divertimento". Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Ere(não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Ere é o intermediário entre o iniciado e o orixá. Durante o ritual de iniciação, o Ere é de suma importância pois, é o Ere que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado. O Ere na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Ere é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão. O Ere conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Ere” é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, “nome de iyawo” segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas. Símbolos: 2 bonecos gêmeos, 2 cabacinhas, brinquedos; Plantas: jasmim, maçã, alecrim, rosa Dia: domingo e segunda-feira para nações Ketu e Jeju Ijexá; Cor:azul , rosa, verde, mas na verdade gosta do colorido em si. Metal: estanho. Seus elementos: fogo, ar. Saudação:Omi Beijada! Ou Kao Kabeciele, pois é também um Xangô. Domínios: parto e infância. Amor união. Comidas: caruru, cocada, cuscuz, frutas doces. Animais: passarinhos. Quizilas: morte, assobio. Características: alegre, otimista, brincalhão, esperto, trabalhador, imaturo, birrento, voraz. O que faz: ajuda a resolver problemas de crianças, dá harmonia na família, facilita uniões. Riscos de saúde: alergias, anginas, problemas de nariz, raquitismo, acidentes. AS CRIANÇAS são a alegria que contagia a UMBANDA. Descem nos terreiros simbolizando a PUREZA , a INOCENCIA e a SINGELEZA. Seus trabalhos se resumem em brincadeiras e divertimentos. Podemos pedir-lhes ajuda para os nossos filhos,resolução de problemas,fazer confidencias,mexericos,mas nunca para o mal,pois eles não atendem pedidos dessa natureza. São espiritos que ja estiveram encarnados na terra e que optaram por continuar sua evolução espiritual atraves da pratica de caridade,incorporando em médiuns nos terreiros de UMBANDA. Em sua maioria,foram espiritos que desencarnaram com pouca idade (terrena) por isso trazem caracteristicas de sua ultima encarnação,como otrejeito e a fala de criança,o gosto por brinquedos e doces. Assim como todos os servidores dos ORIXAS,elas tambem tem funções bem especificas,e a principal delas é a de mensageiro dos ORIXAS,sendo extremamente respeitados pelos caboclos e pretos-velhos É uma falange de espiritos que assumem em forma e modos,a mentalidade infantil.Como no plano material,tambem no plano espiritual,a criança não se governa,tem sempre que ser tutelada.É a unica linha em que a comida de santo(amalas)leva tempero especial(açucar). São conhecidos nos terreiros de Nação e Candomblé,como ERES OU IBEJI. Na representação dos pontos riscados,são livres para utilizar o que melhor lhe aprouver. A linha de IBEJI é tão independente quanto a linha de Exu. IBEIJADA,ERES,DOIS-DOIS,CRIANÇAS,IBEJIS, são esses varios nomes para essas entidades que apresentam de maneira infantil. OS MIRINS Existe na Umbanda uma linha de CRIANÇAS NA ESQUERDA, conhecida como EXUS-MIRINS,pouco abordada por autores umbandistas e muito pouco conhcida,sendo tabú para muitos templos que muitas vezes,chegam a duvidar da existencia dessas Entidades. OS EXUS-MIRINS Não são CRIANÇAS DESENCARNADAS COMUNS,mas sim muitos deles são ENCANTADOS NATURAIS, que estão ligados a TRONOS COSMICOS NEGATIVOS delicados de se lidar,entretanto com um podr de realização muito forte e atuante quando utilizado em favor dos que trabalham na luz ou para ela. OS EXUS-MIRINS apreentam-se muitas vezes um pouco arredios nota-se a total dspreocupação com o perigo,o que os torna as vezes presas faceis de manipular em algumas situações,no entanto,quando corretamente doutrinados por uma Entidade d esquerda,se mostram excelentes no trabalho junto aos contra-choques do baixo astral que os Exus de Lei frequentemente costumam enfrentar.. Uma das chaves para se aproximar da compreensão do mistério EXU-MIRIM,é o respeito absoluto por essas Entidades por mais ESPULETAS que possam parecer não atravessm os limites de conduta impostas pelos guardiões de luz de um templo. A LENDA DE CÓSME E DAMIÃO Cosme e Damião eram irmãos gêmeos e cristãos. Na verdade, não se sabe exatamente se eles eram gêmeos. Mas nasceram na Arábia e viveram na Ásia Menor, Oriente. Desde muito jovens, ambos manifestaram um enorme talento para a medicina. Estudaram e diplomaram-se na Síria, exercendo a profissão de médico com muita competência e dignidade. Não aceitavam receber um centavo pelo serviço prestado. Os irmãos aproveitavam também para divulgar a fé cristã entre aqueles que se recuperavam das doenças. Inspirados pelo Espírito Santo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos. Com isso, seus tratamentos e curas a doentes, muitas vezes à beira da morte, eram vistos como verdadeiros milagres. A riqueza que mais os atraía era fazer de sua arte médica também o seu apostolado para a conversão dos pagãos, o que, a cada dia, conseguiam mais e mais. Isso despertou a ira do imperador Diocleciano, implacável perseguidor do povo cristão. As perseguições do Imperador Diocleciano, porém, não demoraram a frear a ação benéfica destes "médicos do amor". Na Ásia Menor, o governador deu ordens imediatas para que os dois médicos cristãos fossem presos, acusados de feitiçaria e de usarem meios diabólicos em suas curas. Foram forçados a negar sua fé. Mandou que fossem barbaramente torturados por negarem-se a aceitar os deuses pagãos. Condenados à morte, resistiram milagrosamente a pedradas e flechadas. Em seguida, foram decapitados. O ano não pode ser confirmado, mas com certeza foi no século IV. Os fatos ocorreram em Ciro, cidade vizinha a Antioquia, Síria, onde foram sepultados. Mais tarde, seus corpos foram trasladados para uma igreja dedicada a eles. Quando o imperador Justiniano, por volta do ano 530, ficou gravemente enfermo, deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra dos seus protetores. Mas a fama dos dois correu rápida no Ocidente também, a partir de Roma, com a basílica dedicada a eles, construída, a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. Tal solenidade ocorreu num dia 26 de setembro; assim, passaram a ser festejados nesta data. Inúmeros milagres se deram na sepultura deles. Os nomes de são Cosme e são Damião, entretanto, são pronunciados infinitas vezes, todos os dias, no mundo inteiro, porque, a partir do século VI, eles foram incluídos no cânone da missa, fechando o elenco dos mártires citados. Os santos Cosme e Damião são venerados como padroeiros dos médicos, dos farmacêuticos e das faculdades de medicina. Na festa, é costume distribuir balas e doces para as crianças. ORAÇÃO PARA CÓSME E DAMIÃO "São Cosme e Damião, que por amor a Deus e ao próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos semelhantes, abençoai os médicos e farmacêuticos, medicai o meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra a superstição e todas as práticas do mal. Que vossa inocência e simplicidade acompanhem e protejam todas as nossas crianças. Que a alegria da consciência tranqüila, que sempre vos acompanhou, repouse também em meu coração. Que a vossa proteção conserve meu coração simples e sincero, para que sirvam também para mim as palavras de Jesus: Deixai vir a mim os pequeninos, porque deles é o Reino do Céu". São Cosme e Damião, rogai por nós. Que assim seja.                                                           

                                                                                Iansã Onira

                                                    


Dia. Quarta Feira
         Cores marron Vermelho,e Rosa
           Símbolos: Espada,Eruesin
          Elementos: Ar em movimento Fogo
  Domínios: Tempestade, Ventania, Raios.   Saudação: Epahei !
O maior e mais importante rio da Nigéria chama-se Níger, é imponente e atravessa todo o país. Rasgado, espalha-se pelas principais cidades através de seus afluentes por esse motivo tornou-se conhecido com o nome Odò Oya, já que ya, em ioruba, significa rasgar, espalhar. Esse rio é a morada da mulher mais poderosa da África negra, a mãe dos nove orum, dos nove filhos, rio de nove braços, a mãe do nove, Ìyá Mésàn, Iansã (Yánsàn). Embora seja saudada como a deusa do rio Níger, está relacionada com o elemento fogo. Na realidade, indica a união de elementos contraditórios, pois nasce da água e do fogo, da tempestade, de um raio que corta o céu no meio de uma chuva, é a filha do fogo - Omo Iná. A tempestade é o poder manifesto de Iansã, rainha dos raios, das ventanias, do tempo que se fecha sem chover. Iansã é uma guerreira por vocação, sabe ir à luta e defender o que é seu, a batalha do dia-a-dia é a sua felicidade. Ela sabe conquistar, seja no fervor das guerras, seja na arte do amor. Mostra o seu amor e a sua alegria contagiante na mesma proporção que exterioriza a sua raiva, o seu ódio. Dessa forma, passou a identificar-se muito mais com todas as actividades relacionadas com o homem, que são desenvolvidas fora do lar; portanto não aprecia os afazeres domésticos, rejeitando o papel feminino tradicional. Iansã é a mulher que acorda de manhã, beija os filhos e sai em busca do sustento. O facto de estar relacionada com funções tipicamente masculinas não afasta Iansã das características próprias de uma mulher sensual, fogosa, ardente; ela é extremamente feminina e o seu número de paixões mostra a forte atracção que sente pelo sexo oposto. Iansã (Oyá) teve muitos homens e verdadeiramente amou todos. Graças aos seus amores, conquistou grandes poderes e tornou-se orixá. Assim, Iansã tornou-se mulher de quase todos os orixás. Ela é arrebatadora, sensual e provocante, mas quando ama um homem só se interessa por ele, portanto é extremamente fiel e possessiva. Todavia, a fidelidade de Iansã não está necessariamente relacionada a um homem, mas às suas convicções e aos seus sentimentos. Algumas passagens da história de Iansã relacionam-na com antigos cultos agrários africanos ligados à fecundidade, e é por isso que a menção aos chifres de novilho ou búfalo, símbolos de virilidade, surgem sempre nas suas histórias. Iansã é a única que pode segurar os chifres de um búfalo, pois essa mulher cheia de encantos foi capaz de transforma-se em búfalo e tornar-se mulher da guerra e da caça. Oyá é a mulher que sai em busca do sustento; ela quer um homem para amá-la e não para sustentá-la. Desperta pronta para a guerra, para a sua lida do dia-a-dia, não tem medo do batente: luta e vence. Características dos filhos de Iansã / Oyá Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam. São pessoas atiradas, extrovertidas e directas, que jamais escondem os seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam. Estas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; o seu gênio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam os seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação. Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam confiar-lhe um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma. O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso.